domingo, 13 de julho de 2014

Cairo Islâmico e Bazar Khan al-Khalili (3º Dia)


Programamos o nosso terceiro dia no Egito para conhecer a região Islâmica, mesquitas e mercados históricos do Cairo. Acordamos cedo no Dahab Hostal para organizar as mochilas e deixar tudo pronto, pois já iriamos fazer o check out logo cedo, antes de sair para fazer os passeios. Deixamos a mochila maior no hostal e saímos para tomar café já preparados para o dia que se iniciava. No Dahab Hostel não é servido o desjejum. Como estávamos no centro do Cairo havia muitas opções de lanchonetes, cafés, padarias, docerias. Na esquina da praça Tallat Harb estava o café Groppi, muito tradicional na cidade. Experimentamos o café árabe, ou café turco, como estava escrito no cardápio. Enquanto eu fui trocar dólares no banco a Estela ficou esperando a nossa guia na frente do prédio do Hostal, conforme havíamos combinado no dia anterior durante a visita ao Museu do Cairo (ver postagem Um dia no Museu Egípcio e centro do Cairo). O intenso movimento das ruas do Cairo já ficava evidenciado com a entrega de jornais, vendedores ambulantes de pães, pessoas tomando seu café da manhã e a passagem de pedestres e motoristas em direção às rotinas diárias.





Às 9:00 da manhã a guia chegou para nos acompanhar nos passeios que havíamos programado para o dia. Definitivamente o Cairo Islâmico não é um lugar para turistas seguirem por conta própria, até mesmo para os mochileiros mais aventureiros e despojados aconselhamos irem com guia ou contratar um passeio em alguma agência local. É muito difícil de se localizar pelas vielas, ruas e viadutos lotadas de pedestres, vendedores e carros. Nem sempre você vai conseguir se comunicar para pedir informações. Além disso, como quase não há turistas,  os poucos que circulam sozinhos são muito visados pelos vendedores e pedintes. Ter uma pessoa para lhe explicar e informar também fará com que você aproveite mais os lugares visitados nesta região da cidade. Pegamos um táxi rumo ao primeiro destino: Cidadela al-Qalaa. A Cidadela está situada à cerca de 6,5 km da praça Tallat Harb. O valor do taxi para este percurso ficou em 20 LE. Abaixo está o mapa com as opções de trajeto ao local. Identificamos a Cidadela com o nome da sua principal mesquita, a Mesquita de Mohammed Ali.

Trajeto Centro do Cairo (Praça Talaat Harb) à Cidadela Al-Qalaa (Mesquita Muhammed Ali)
A cidadela é uma espécie de fortificação da época medieval em uma área muito grande, totalmente cercada com muros altos, foi fundada pelo líder muçulmano Saladino (Salah ad-Din). Dentro dos muros existem mesquitas, museu militar e construções históricas que serviram como sede do governo egípcio por mais de 700 anos. Nosso primeiro contato com as mesquitas no Egito foi na Cidadela. Primeiramente visitamos a Mesquita de An-Nasr Mohammed. Para entrar em qualquer mesquita é necessário tirar os sapatos e apesar de não ser obrigatória a utilização de lenço no cabelo, as mulheres devem se vestir adequadamente (ver postagem Welcome to Egypt! Informações e dicas para viajar ao Egito). Depois entramos também em uma das mais conhecidas mesquitas do Egito, a Mesquita de Mohammed Ali. Imensa e muito bonita, possui um pátio com uma vista magnífica de todo o Cairo. Inclusive dá para ver até as pirâmides no horizonte, atrás dos prédios. As crianças e adolescentes que visitavam o lugar aproveitaram para tirarar fotos conosco. Conforme já comentamos em outras publicações, a população em geral gosta bastante de estrangeiros.

Cidade do Cairo, ao fundo as pirâmides de Gizé




Vista da praça da mesquita de Mohammed Ali

Estela com as crianças na praça da mesquita de Mohammed Ali
Na Cidadela também há o Museu da Polícia, com a sangrenta história de crimes e castigos egípcios e o Museu Militar, com mostras de armamentos, uniformes e condecorações do exército egípcio. A edificação que abriga o Museu Militar é um ex-palácio com o harém de Mohammed Ali.

Museu da Polícia
Museu Militar
Na sequência fomos em direção ao mercado Khan al-Khalili. Pegamos um taxi por 30 LE e seguimos pelas ruas movimentadas da região central. Enquanto o motorista e a guia conversavam sem parar em árabe (ou talvez brigavam...) eu e a Estela íamos tirando fotos e mais fotos do intenso movimento ao nosso redor. Já falamos antes do caos que é a cidade do Cairo, mas continuávamos a nos impressionar com a vista das pessoas e veículos pelas ruas, outra cultura, outros costumes. A região do bazar Khan al-Khalili representa a vocação dos egípcios em vender e negociar. Construído em 1392, o Bazar é um dos maiores do Oriente Médio. A impressão é de voltar no tempo e estar em um filme de aventura. Objetos de metal, artesanatos egípcios, especiarias, comida típica, tecidos... encontra-se de tudo pelas lojas distribuídas por vielas estreitas do Khan al-khalili. Andamos, olhamos bastante mas acabamos não comprando muita coisa. Uma porque nossa bagagem era super limitada: duas mochilas, e outra também porque não é fácil lidar com os vendedores. O assédio é muito forte, todos querem te vender, parecia que eramos os únicos turistas da cidade... Você não consegue caminhar sossegado no seu tempo para apreciar as lojas sem ter alguém insistindo para comprar algo. Mas valeu a pena para conhecer mais este lugar impressionante do Cairo.







Saindo do Khan al-Khalili caminhamos por uma via estreita chamada Al-Muizz li-Din Allah com comércio de frutas, especiarias, roupas e perfumes. Já era meio dia e entramos na mesquita de al-Asharaf Barsbey para presenciar uma das cinco orações do rito muçulmano.





Mesquita de al-Ashraf Barsbey, ao meio-dia

Antes de voltar ao hostal, fizemos um lanche com a nossa guia ali mesmo no bazar. Na realidade ela perguntou se queríamos almoçar, mas quando a Estela viu as fotos de pombos assados no banner em frente ao restaurante  optou apenas pela sobremesa em outro lugar. Enfim, deixamos para provar uma das iguarias mais tradicionais do Egito em outra oportunidade.


"pombo assado recheado com arroz"

Nossa intenção era de voltar à pé, para ver mais um pouco das ruas, mas já estávamos cansados, então pegamos outro táxi e seguimos para o hostal. Na verdade foi uma decisão muito sábia que tomamos, apesar do percurso de apenas 3 km entre a o bazar Khan al-Khalili e a praça Taalt Harb é muito fácil de se perder pelas ruas do Cairo. Pelo percurso pagamos 20 LE.


Trajeto bazar Khan al-Khalili (mesqueita Sayydna al-Hussein) ao centro do Cairo (Praça Talaat Harb)

Como já tínhamos fechado a conta no hostal pela manhã, utilizamos somente a área comum para sentar e descansar, organizar as fotos e os contatos com o Brasil pelo Facebook. Nossa jornada pelo Cairo estava se encerrando, à noite seguimos ao aeroporto. O Dahab Hostal possui um taxista que trabalha pra eles, que nos cobrou um pouco mais da metade do que os taxistas nos pediram na rua: 80,00 LE do centro até o aeroporto. Quando estávamos pesquisando deslocamentos no Egito, a opção do avião era economicamente mais viável do que ir de trem, então compramos as passagens ainda no Brasil, pela internet. Às 10:00 da noite pegamos nosso voo da Egyptair para Luxor.


Aeroporto Internacional do Cairo, indo para Luxor

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